martes, 3 de octubre de 2017

Alentos indígenas: pensar e transformar América Latina

Texto que publiquei em Educativa, Goiânia, v. 19, n. 1, p. 814-837, set./dez. 2016. Seu objetivo é chamar a atenção dos e das brasileiras para as claves importantíssimas que os povos indígenas nos oferecem para reaprendermos a lutar... pois já é hora de sairmos da apatia!! Agradeço muito o convite de José Maria Baldino, que permitiu materializar o que há muito desejava.

Resumo: A crise provocada pela modernidade não pode ser resolvida por ela mesma. Os povos indígenas, representantes máximos do passado contra o qual luta a modernidade capitalista e colonial, oferecem uma memória de luta que favorece uma coesão interna e democrática da coletividade, assim como uma associatividade entre povos de diferentes tradições históricas. No momento em que as elites mundiais optaram por aprofundar a financeirização - destruindo drasticamente o trabalho digno e as condições de vida no planeta- e quebrar a lógica estatal e interestatal nas quais se baseavam muitas esperanças de democratização social, as formas organizativas indígenas oferecem elementos para a reconstrução da vida cotidiana e das lutas por um futuro carente de violência arbitrária. O texto oferece um panorama de teorias e lutas latino-americanas que estão, desde o século XIX, profundamente influenciadas pela resistência indígena, delineando uma compreensão das lógicas de poder globais alternativas às propostas pela modernidade colonial e capitalista.

Palavras chave: Povos Indígenas, Movimentos Sociais, Pensamento Latino-americano, Colonialidade do Poder.


Aqui está a conferência que deu origem ao texto:

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